JORNAL A VOZ DE PAU AMARELO
18 prédios interditados no Conjunto Beira-Mar no bairro do Janga em Paulista
Subiu para 18 o número de blocos interditados no Conjunto Beira-Mar no bairro do Janga, em Paulista, no Grande Recife - onde um prédio desabou parcialmente, deixando 14 mortos e sete feridos. Segundo a Defesa Civil da cidade, após vistoria da equipe técnica, foi determinada, nesta quarta (12), a desocupação dos blocos D14, C11, C12, C14 e C15. Até terça (11), 16 edifícios do residencial tinham sido desocupados pela Defesa Civil do município.
Em entrevista coletiva à TV Globo, o prefeito da cidade, Yves Ribeiro (MDB), disse que processou a seguradora dos imóveis. Desde o desabamento, ocorrido na sexta (7), a prefeitura começou a fazer uma vistoria em todos os blocos do conjunto habitacional Beira-Mar no bairro do Janga, onde parte dos imóveis estava condenada desde 2010. O Conjunto Beira-Mar tem, ao todo, 29 prédios. De acordo com a prefeitura do paulista, após a conclusão da análise técnica nos blocos D, as vistorias passaram a ser realizadas nos blocos C, seguindo com o trabalho gradativamente.
A prefeitura informou também que: A Defesa Civil está produzindo um laudo com um levantamento sobre o número e o perfil social das famílias que residiam nos prédios;O documento será entregue à Secretaria de Políticas Sociais do município, que vai realizar um pré-cadastro para a concessão de auxílio-moradia ou "aluguel social" para os moradores afetados;Para ter acesso a um dos benefícios, a pessoa deve estar inscrita no Cadastro Único do governo federal e ter uma renda menor que um salário-mínimo;O levantamento será concluído até o próximo fim de semana e "todas as medidas estão sendo tomadas para a assistência aos moradores; inclusive, com apoio jurídico, retirada de documentos e cesta básica". Ainda segundo a prefeitura de Paulista, 106 prédios foram vistoriados desde maio em todo o município e, desde 2007, 22 imóveis foram interditados por risco de desabamento na cidade.
Prefeito afirma que processou seguradora
Em entrevista ao vivo ao NE2, da TV Globo, o prefeito de Paulista, Yves Ribeiro (MDB), disse, na noite desta quarta (12), que se reuniu com representantes do poderes Legislativo e Judiciário para discutir a situação dos prédios e que ingressou com uma ação judicial pedindo que a seguradora faça a demolição dos edifícios. "Nosso procurador entrou com uma ação pedindo que a seguradora derrubasse esses prédios e, no lugar desses prédios, a gente construísse um projeto [do programa federal] Minha Casa, Minha Casa para devolver a essa população uma casa com segurança e dignidade. [...] É importante essa entrada da Justiça para a gente tomar essa providência de imediato", afirmou Yves Ribeiro.
Yves Ribeiro confirmou ainda que a gestão municipal não vai demolir os imóveis por conta própria. "Já tem uma ação desde 2010. Inclusive, eu era prefeito quando um grupo de moradores entrou contra essa seguradora que arrumasse pra eles uma maneira de viver porque já tinha risco. Eles ganharam, a Justiça obrigou a seguradora a pagar R$ 600 de aluguel e, ao mesmo tempo, que tivesse um grupo de segurança para que as pessoas não entrassem e não acontecesse o que aconteceu", declarou o prefeito.
Desabamento
O desastre em Paulista, na sexta-feira (7), deixou 14 mortos e sete feridos. As buscas pelas pessoas soterradas duraram 35 horas. Os últimos corpos encontrados foram o de uma mãe e seus dois filhos, que estavam abraçados numa cama. O prédio que desabou estava interditado desde 2010 por ordem judicial. No entanto, em 2012, voltou a ser ocupado por outras famílias de forma irregular. O Conjunto Beira-Mar tem 1.711 apartamentos, divididos em 37 prédios, dos quais 29 são do tipo "caixão", como era o bloco D7, que desabou parcialmente.
o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Paulista (Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo), instaurou um ofício para apurar a existência de outros edifícios em situações semelhantes, fazendo o levantamento de prédios interditados na cidade, ou que precisem ser e que estejam irregularmente ocupados. A iniciativa visa impedir novas ocorrências.
De acordo com a instituição, a interdição do imóvel que desabou no conjunto Beira-Mar no bairro do Janga, assim como a reocupação, nunca havia sido comunicada ao MPPE, como informou a Prefeitura do município do Paulista. O Ministério Público realizou uma reunião com a Defesa Civil do município solicitando o envio, no prazo de 15 dias úteis, da relação de todos os imóveis interditados ou diagnosticados com risco de desabamento no município, além disso, a instituição também solicita que seja feito o levantamento atualizado.
A 4ª Promotoria de Justiça também requisitou o envio, no mesmo prazo, de todos os processos judiciais em andamento relativos a imóveis interditados e/ou diagnosticados com risco de desabamento no município do Paulista.
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Reportagem:Alexsandro Bonifácio DRT 7168/PE
Foto :Reprodução
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