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Quadrilha investigada por fraude em licitação e lavagem de dinheiro em contratos da Chesf é alvo de operação policial no Grande Recife
Cumprimento de 24 mandados de busca e apreensão domiciliar ocorre no Recife e em Camaragibe, Jaboatão e Paulista. Ao todo, participam 150 policiais civis.
Uma quadrilha especializada em crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro em contratos da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) é alvo da Operação Lux, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (15). De acordo com a corporação, um grupo criminoso usava empresas de fachada para simular concorrência e, assim, praticar fraudes
Policiais civis cumprem 24 mandados de busca e apreensão domiciliar em quatro cidades da Região Metropolitana: Recife, Camaragibe, Jaboatão e Paulista.
A investigação foi iniciada em maio de 2021 e contou com o apoio da Diretoria de Inteligência (Dintel) e do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB), ambos da Polícia Civil. Todos os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara dos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária da Comarca do Recife.
De acordo com o delegado Diego Pinheiro, responsável pelas investigações, havia uma empresa principal, que vencia as licitações, e outras empresas que auxiliavam nas fraudes. As empresas eram da área de construção e fornecimento de material elétrico.
“Em inquérito policial identificamos seis empresas ligadas a essa empresa principal que funcionavam em dois endereços e eram formadas por empresários que na verdade eram funcionários dessa empresa principal. Identificamos a fraude em quatro licitações da Chesf avaliadas em R$ 2,5 milhões”, afirmou.
Ao todo, 150 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, participam da operação policial. A Polícia Civil informou que a Lux é a 31ª operação de repressão qualificada desencadeada neste ano de 2022.
Resposta
Por meio de nota, a Chesf informou que protocolou, no dia 2 de dezembro de 2020, denúncia referente à "participação conjunta de empresas que demonstravam representar o mesmo interesse econômico em licitações".
Ao identificar a prática, a Chesf aplicou sanção administrativa e afastou as empresas das licitações. "Em seguida, apresentou notícia crime e todas as informações pertinentes, com documentos, para a Polícia Civil realizar as devidas apurações".
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Reportagem:Alexsandro Bonifácio
Foto:Reprodução
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